Resumo Idade Média
Características do Ano 1000
Há um avanço em várias áreas: técnico, na agricultura, militarização (surge a figura do cavaleiro), a nobreza aumenta em muito, expansão comercial, surgimento das cidades, novas necessidades em todos os aspectos
Religiosidade: Mentalidade - Pessimismo total, medo do fim do mundo
Politicamente: O Reino Germânico (Espanha Alemanha) totalmente fragmentado, pelos filhos de Carlos Magno – As duas
forças que imperavam neste período: A Nobreza e a Igreja. A Igreja acoplada aos nobres.
· Com o reinado de Oto I acontece a união entre a Igreja e o Estado;
· A relação da Igreja com Nobreza é uma relação de inconstância;
· A igreja neste período está tolamente preocupada com dinheiro, poder;
· A mentalidade do fim do mundo contribui com a riqueza da Igreja, quando as pessoas doam terras para a Igreja para salvarem as suas almas;
O Grande Evento deste tempo
· Oto I- Reino Germânico- ascendência Franca, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico;
· Tinha a tendência de universalizar o reino, querer expandir, busca o apoio da igreja;
· Pede ajuda a Igreja de Roma, que dá apoio militar;
· O Bispo de Roma o consagra Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
· Ele como Imperador aumenta o poder material da Igreja doando terras, fazendo semelhante a Carlos Magno;
· Há uma consolidação de poder – Espiritual/Eclesiástico;
· Essa consolidação dura somente 3 gerações até Oto III. Há uma tentativa de cada um; dominar o outro neste momento– a relação da Igreja com o Império entra em declínio;
· A Igreja não aceita mais que o seu Bispo seja indicado pelo Império;
· A partir daí surge um conflito entre a Igreja e o Império, no entanto isso vai oscilar muito de lugar para lugar de período para período;
· A partir daí o Sacro Império Romano-Germânico começa também a perde poder, pois começa o surgimento de outras monarquias, várias lideranças políticas –França, Inglaterra – e o Sacro Império começa a perder poder;
Ø Importante saber, que quando se fala de poder temporal e eclesiástico, isso nunca é um bloco hegemônico, sempre existiam forças centrífugas que quebravam essa hegemonia, em determinadas regiões;
II. Feudalismo
Sistema de relações – que varia de lugar para lugar, de período para período – pautado no belicismo, religiosidade e no contratualismo.
· Belicismo: Por que era um período de extrema belicidade, surge a figura do cavaleiro (nobres que não eram primogênitos) – principal figura deste momento, centro de tudo – era o senhor feudal, o defensor da fé.
· Contratualista: Prevê obrigações e deveres de todos para com todos – tem no topo da cadeia o senhor feudal e na parte mais baixa o servo
· Religioso: Era um mundo pautado na religiosidade católica.
Os servos:
· Carregavam todos dentro do sistema;
· Produzia para ele mesmo e para sustentar o vassalo – Senhor Feudal
· Obrigações de sustentar e servir o senhor feudal.
Os vassalos:
· Obrigações com o servo de proteção e providência quando necessário
· Obrigações com o suserano – Auxílium/Consilium
Consilium. Estratégia de guerra
Auxílium. Resgate do senhor feudal (Suserano)
III. Cruzadas
Definição: Ação militar que tinha interesse religioso e que traz benefícios para quem participa, benefícios espirituais e materiais
Principal figura é o cavaleiro (chega um ponto do período feudal que nobreza e a cavalaria são mesma coisa) As relações são pautadas no contexto cristão
Havia um grande interesse da igreja nas cruzadas e classe suserana um interesse político e também se associar a igreja, já que a igreja, neste momento tinha um grande poder religioso e político.
Povo: Tem um grande interesse de poder se aliar a nobreza, e também vê uma nova perspectiva de vida.
Benefícios para aqueles que participam das cruzadas
Material: comercial > produtos do oriente
Espiritual: Indulgência > quem participava das cruzadas tinha suas almas salvas
Foi à grande salvação para a crise da sociedade Feudal – Havia também um interesse da igreja de aumentar o seu rebanho – aumentar sua influência em regiões ainda não alcançadas.
A península Ibérica foi o grande ponto onde surge a intelectualidade, devido a junção das três grandes culturas existentes ali- judeus, cristãos e mulçumanos.
Devido ao fato de os Turcos se converterem ao islamismo eles passaram a ter uma postura extremamente expansionista, então começaram a invadir a península Ibérica vindo pelo o norte da África (711 a.C.).
Os Mulçumanos já estavam em Jerusalém desde 638 séc. VII.
Principais problemas desse movimento: Problemas internos ou estruturais
1) Aspectos políticos > A questão política de quem haveria de ser os chefes das cruzadas e também não chegavam a um acordo em relação a que caminho haveriam de ir, esse fatos trouxera grandes problemas para os cruzados.
Costuma-se dize que as cruzadas foram à grande solução para a crise da sociedade feudal, embora na perspectiva geral tenha sido um grande fracasso.
Na época os cruzados não chamavam as cruzadas de cruzadas, mas de peregrinações
IV. Cruzadas de Reconquista
· Os mulçumanos chegaram à Península Ibérica em 711 d.C. (R. Visigodo)
· A reconquista é um processo longo
· A partir de 718 começaram os conflitos dos cristãos com mulçumanos
· As populações autóctones foram espremidas no norte
· O grande traço da Península Ibérica neste período é a mistura cultural – (encruzilhada)
IX – Tem-se a grande intervenção de Carlos Magno
XI – Mudança conjuntural – liderança Política (califado de Córdoba)
· Desestruturação interna mulçumana que estão assentados neste local
· O califado começa a se desfazer e surgem os Taifas
· Paralelo a isto começa a haver a intervenção do papado, pregando que o Islã deveria ser expulso da Península
· A historiografia espanhola já dizia que neste momento já existia uma Igreja Nacional
· A partir do séc. XI tem-se de forma patente os interesses políticos, religiosos, e econômicos.
· Existe nesta região o túmulo Santiago de Compostela
Marcha para o norte
Germânia: Populações saem da Germânia em busca de terras cultiváveis e marcham para o leste – Econômica
Conversão dos pagãos do leste europeu – Religiosa
V. Cruzadas Albigenses
· Região – Sul da França
· Discordavam da teologia da Igreja
· A Igreja usa de violência contra estes grupos
· Foi um grupo chamado de “Cátaros” (puros)
· Cruzada Albigense por causa a cidade
· A igreja confiscava os bens e administrava e circulação dos bens
Político: Expansão Territorial, aceleração do processo de monarquia feudal (nacionais)
Econômico: Expansão comercial, monetarização; bancos/créditos
Social: Enfraquecimento da aristocracia, emergência da burguesia
Religiosa: Maior “tolerância” com o Islã, maior intolerância com os Bizantinos e Judeus – Alguns autores dizem ser que é a gênesis do anti-semitismo
VI. Normatização Social da Igreja
Precisa-se de uma estratégia de inclusão e exclusão social
Traços principais deste contexto (medieval)
Mudança conjuntural marcada (nível cultural)
· Ano mil + peste negra
· Gera dois tipos de posturas – uma mais otimista outra mais pessimista (Apocalíptica)
· Esse tipo de contexto apocalíptico gera novas formas de religiosidade (ascetismo) ASCESE
A Burguesia começa a emergir neste contexto
· Monetarização
· Monarquias feudais Monarquias Nacionais (França e Inglaterra)
Neste contexto há uma convergência entre Igreja e Estado (começa no XI – XIII) marcado pela institucionalização da perseguição.
Dois grupos: Marginais e Excluídos
Marginais Excluídos
Pobre e intelectuais Judeus
Leprosos Mulçumanos
Homossexual Hereges
Vagabundos
Prostitutas
VII. Heresias
O Herege não era aquele que tinha uma atitude anticristã, mas aquele que tinha uma atitude de retorno “a verdade do evangelho”, eles questionavam a instituição Igreja - buscavam uma vida apostólica.
XI-XIII
· Institucionalização de perseguição
· Tribunal do Santo Ofício
1) Heresias Teológicas – Filosóficas
· Pedro Bruys (Petrobrussianos)
· Monge Henrique
· Panqueleno
· Arnaldo de Stella
· Hugo de Speron
Pedro Bruys:
· Padre expulso, batismo adulto, Eucaristia Sentido, aceitava pecado original;
Monge Henrique:
· Partido popular, contra vícios, batismo adulto, negava o pecado original;
Tanquelino:
· Anti-Eclesiático, nega os sacramentos, assassinado por Clénys;
Arnaldo de Stella:
· Reforma Eclesiástica, restauração de Roma, separação dos poderes temporal e espiritual;
Hugo Speron:
· Estudou em Bolonha foi cônsul, precede Calvino, não aceita a institucionalização.
Heresias Populares
Cátaros (Albigenses)
· Caráter dualista doutrina, 12 bispados e 1 concílio
· Acumulação Material
· Ascetismo extremo
· Evangelização e repressão
Valdenses
· Pobreza/ pregação Ambulante
· Pede autorização Papal em Latrão III (1179)
· Sacralidade: Batismo, Eucaristia, penitência
· Negavam o purgatório
· Crise interna (Independência)
· Sem Hierarquia Oficial
· Inocêncio III tenta cooptá-lo
Apóstolos de Cristo
· Doutrina Franciscana e de Joaquim de Fiori
· Fuga para a Espanha
· Ideal de peregrinação
· Ambulante
Joaquim de Fiori
· Abade Cisterciense
· Fanatismo simbólico
· Interpretação alegórica
Begunos
· Pobreza
· Mendicância
· Proximidade com os Franciscanos