segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

IDÉIAS FILOSÓFICAS DO SÉCULO XX



AS CORRENTES FILOSÓFICAS ATUAIS.

"O homem é visivelmente feito para pensar e toda sua dignidade, e todo o seu mérito, e todo o seu dever consiste em pensar corretamente." Pascal

A  FENOMENOLOGIA

É mais um método do que uma doutrina. Fundamentalmente, consiste em colocar entre parêntese todo o julgamento, todo conhecimento sobre o qual se tenha a menor dúvida. Só quando essas dúvidas estiverem dissipadas, faz-se Filosofia como rigor científico. Seu criador foi o alemão Edmund Husserl.

EXISTENCIALISMO

Martim Heidegger (1889-1976) foi o principal criador do existencialismo. Seu existencialismo bastante influenciado por Husserl, propunha-se a partir para o que Morente chamou de a terceira navegação da Filosofia. Opondo-se ao Idealismo (cuja afirmação básica era de que só através do pensamento puro se alcança o conhecimento), os existencialistas batiam-se por uma Filosofia que não estivesse além do humano. Uma Filosofia, enfim, na primeira pessoa. "Só se adquire o conhecimento vivendo a realidade", dizem eles . Segundo Heidegger, essa vivência se dá, sobretudo, pela angústia, mediante a qual o homem toma consciência de que é um ser frágil num mundo cruel e absurdo, onde o seu destino é a morte. Mas, apesar de frágil, o homem é livre, é aquele que escolhe. Essa afirmação de liberdade, comum a todos  os existencialistas foi sublinhada por Sartre, o mais popular representante da escola "Como é impossível não escolher, sou responsável não apenas por mim, mas por todos os outros homens, pois sua liberdade depende da minha". Tal conceito leva à necessidade do enganjamento; daí, sem dúvida uma das razões de sua aceitação entre os que procuram a ação pública.

PERSONALISMO

Tem em Mounier seu mais conhecido representante. Como Sartre, também foi um homem de ação, influenciado decisivamente a renovação ainda em curso da Igreja Católica. Atacou a ordem econômica, social e política do mundo contemporâneo (desordem estabelecida, segundo sua palavas) propôs uma revolução que começaria pela criação de estruturas, nem capitalistas, nem comunistas, que chegariam à satisfação das exigências do homem, à liquidação do egocentrismo, ao primado da vida moral, à passagem de "indivíduo a pessoa".
De certa forma o personalismo é também a Filosofia de Teilhard de Chardim (1881-1955), sacerdote católico cujas obras só puderam ser divulgadas depois de sua morte. Partindo de suas experiências como arqueólogo (foi ele quem descobriu o fóssil conhecido como Homem de Pequim), tentou uma conciliação entre fé e Ciência e propôs nova interpretação à Teoria da Evolução. Na teoria  teilhardiana, o homem é o eixo de toda a construção cósmica. A crise que hoje assistimos não é mais do que a quebra dos últimos elos com a idade neolítica. Terminará muito cedo e, no futuro, o homem estará dominando todos os conhecimentos.

ESTRUTURALISMO

Nasceu com o Belga Lévi-Strauss, que viveu alguns anos no Brasil, no início da década de 30. hoje, aquele conhecido etnólogo, que estudadva os índios da Região Central, é uma figura de destaque no pensamento contemporâneo. Examinando e comparando as atividades inconscientes, elementares e essenciais no interior dos agrupamentos humanos que são as sociedades, Lévi-Strauss concluiu a  existência de algo comuma a todas elas. Assim, para além das diferenças de raças e níveis de civilização, concebe uma unidade fraternal entre homens, que se reconhecem nos mesmos atos e na mesmas aspirações fundamentais.

DIRLEY DOS SANTOS

SOLA GRACIA

domingo, 20 de dezembro de 2009

ETNOCENTRISMO

                                       ETNOCENTRISMO

Etnocentrismo, É uma visão do mundo onde o “nosso grupo” é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos próprios valores e nossas definições do que é existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. O etnocentrismo é a procura de sabermos os mecanismos, as formas, os caminhos e as razões pelos quais tantas e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções, pensamentos, imagens e representações que fazemos da vida daqueles que são diferentes de nós. De um lado, conhecemos um grupo do “eu”, o “nosso” grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, ou seja, um reflexo de nós. Depois, então, nos deparamos com um grupo diferente, o grupo do “outro”, que às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este “outro” também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e ainda que diferente, também existe.


O etnocentrismo é uma cosmovisão que com certeza não se aplica somente ao modelo civilizatório europeu, nem na realidade é uma visão de mundo específica, relacionada a diferenças culturais de uma sociedade para outra, O etnocentrismo é de fato, um fenômeno universal e que acontece nas questões mais corriqueiras da vida, como por exemplo no campo religioso, no campo das classes sociais, na questão das raças, na maneira de vestir, nas diferenças sexuais, etária, e em grupos diferentes etc. O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de qualquer sociedade, ou meio de convívio. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplos.

A postura etnocêntrica é um dos primeiros entraves ou uma das primeiras dificuldades para que as pessoas se associem, formando grupos. Além disso, e em seguida, após o grupo formado, podemos observar a dificuldade dos diferentes grupos se relacionarem. Da mesma forma que o indivíduo sente dificuldade em aceitar a verdade do outro, na relação entre os grupos isso também ocorre: A verdade de um grupo, em confronto com a verdade do outro produz os choques e os atritos tão presentes nas manifestações dos grupos de jovens, nas gangs, nas patotas juvenis. Podemos, inclusive, dizer que as brigas e confrontos entre traficantes, tão noticiados pela grande imprensa, além de todas as caracterizações sociológicas, políticas e sociais que possam ser feitas, também podem ser vistas como manifestação etnocêntrica.

DIRLEY DOS SANTOS

SOLI DEO GLORY

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

EXPIAÇÃO LIMITADA (DEFINIDA)

                                     Jesus Morreu por Todos?
por
R. C. Sproul

    Um dos pontos mais controvertidos da teologia reformada tem a ver com o terceiro item de nossa lista de itens do Capítulo Cinco. É a expiação limitada. Este tem sido um tal problema de doutrina que há multidões de cristãos que dizem que abraçar a maioria das doutrinas do calvinismo, mas saem do barco bem aqui.
Referem-se a si mesmos como os calvinistas dos “quatro pontos”. O ponto que não podem sustentar é a expiação limitada. Freqüentemente tenho pensado que, para ser um calvinista de quatro pontos, é preciso que a pessoa não entenda pelo menos um dos cinco pontos. É difícil imaginar que a pessoa possa entender os outros quatro pontos do calvinismo e negar a expiação limitada. Existe sempre a possibilidade, contudo, da feliz inconsistência pela qual as pessoas sustentam diferentes pontos de vista ao mesmo tempo.
    A doutrina da expiação limitada é tão complexa que, para tratá-la adequadamente, seria preciso um volume completo. Nem mesmo dediquei um capítulo inteiro a ela neste volume, porque um capítulo inteiro não lhe faria justiça. Eu pensei em não mencioná-la de todo, porque existe o perigo de que dizer pouco sobre ela seja pior do que não dizer nada. Mas penso que o leitor merece pelo menos um breve resumo da doutrina e assim procederei - com cuidado porque o assunto requer um tratamento mais profundo do que posso conceder aqui.
    A questão da expiação limitada tem a ver com a pergunta: “Por quem Cristo morreu? Ele morreu por todos ou somente pelos eleitos?”
    Todos concordamos que o valor da expiação de Cristo foi suficientemente grande para cobrir os pecados de todos os seres humanos. Também concordamos que sua expiação é verdadeiramente oferecida a todos os seres humanos. Qualquer pessoa que coloca sua confiança na morte expiatória de Jesus Cristo certamente receberá os completos benefícios dessa propiciação. Estamos também confiantes de que, qualquer que responde à oferta universal do Evangelho será salvo.

A questão é: “Para quem a expiação foi designada?”

     Deus mandou Jesus ao mundo meramente para tornar a salvação possível às pessoas? Ou Deus tinha alguma coisa mais definida em mente? (Roger Nicole, o eminente teólogo batista, prefere chamar a expiação limitada de “Expiação Definida”).
Alguns argumentam que tudo o que expiação limitada significa é que os benefícios da expiação são limitados aos crentes que satisfazem as condições necessárias de fé. Isto é, embora a expiação de Cristo fosse suficiente para cobrir os pecados de todos os homens e para satisfazer a justiça de Deus contra todo pecado, ela efetiva a salvação somente para os crentes. A fórmula diz: Suficiente para todos, eficiente somente para os eleitos.
    Esse ponto simplesmente serve para nos distinguir dos universalistas, que crêem que a expiação assegurou salvação para todos. A doutrina da expiação limitada vai além disso. Refere-se à questão mais profunda da intenção do Pai e do Filho na cruz. Declara que a missão e morte de Jesus foi restrita a um número limitado — a seu povo, suas ovelhas.
Jesus foi chamado de “Jesus” porque Ele salvaria seu povo de seus pecados (Mt 1.21). O Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas (Jo 10.15). Essas passagens são encontradas freqüentemente no Novo Testamento.
    A missão de Cristo era de salvar os eleitos. “E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.39).
    Não tivesse havido um número fixo de contemplados por Deus quando Ele designou que Cristo morresse, então os efeitos da morte de Cristo teriam sido incertos. E possível que a missão de Cristo tivesse sido uma tristeza e completo fracasso.
    A propiciação de Jesus e sua intercessão são obras conjuntas de seu sumo sacerdócio. Ele explicitamente exclui os não eleitos de sua grande oração sumo sacerdotal: “...não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus...” (Jo 17.9). Cristo morreu por aqueles por quem Ele não orou?
    A questão essencial aqui diz respeito à natureza da oferta de Jesus. A oferta de Jesus inclui tanto expiação quanto a propiciação. Expiação envolve a remoção que Cristo faz de nossos pecados “para fora” (ex) de nós. Propiciação envolve uma satisfação pelo pecado “perante ou na presença de” (pro) Deus.
    O arminianismo tem uma oferta que é limitada em valor. Não cobre o pecado dos incrédulos. Se Jesus morreu por todos os pecados de todos os homens, se Ele expiou todos os nossos pecados e propiciou todos os nossos pecados, então todos seriam salvos. Uma oferta potencial não é uma oferta verdadeira. Jesus realmente fez oferta pelos pecados de suas ovelhas.
    O maior problema com a expiação definida ou limitada é encontrado nas passagens que as Escrituras usam referentes à morte de Cristo “por todos” ou pelo “mundo todo”. O mundo por quem Cristo morreu não pode significar a família humana inteira. Deve referir-se à universalidade dos eleitos (povo de todas as tribos e nações), ou à inclusão dos gentios em acréscimo ao mundo dos judeus. Foi um judeu que escreveu que Jesus não morreu meramente por nossos pecados, mas pelos pecados do mundo todo. Será que a palavra nossos refere-se aos crentes ou aos judeus crentes?
    Precisamos nos lembrar de que um dos pontos cardeais do Novo Testamento refere-se à inclusão dos gentios no plano da salvação de Deus. A salvação era dos judeus, mas não restrita aos judeus. Onde quer que seja dito que Cristo morreu por todos, algum limite precisa ser acrescentado, ou a conclusão teria de ser o universalismo ou a mera expiação potencial.
    A expiação de Cristo foi real. Ela efetivava tudo o que Deus e Cristo pretendiam dela. O desígnio de Deus não foi e não pode ser frustrado pela incredulidade humana. O Deus soberano soberanamente enviou seu Filho para propiciar pelo seu povo.
    Nossa eleição é em Cristo. Somos salvos por Ele, nele e para Ele. O motivo para nossa salvação não é meramente o amor que Deus tem por nós. É especialmente baseada no amor que o Pai tem pelo Filho. Deus insiste que seu Filho verá o trabalho de sua alma e ficará satisfeito. Nunca houve a menor possibilidade de que Cristo pudesse ter morrido em vão. Se o homem está verdadeiramente morto no pecado e preso ao pecado, uma mera expiação potencial ou condicional não somente pode ter acabado em fracasso, como muito certamente teria acabado em fracasso.
    Os arminianos não têm razão verdadeira para crer que Jesus não morreu em vão. São deixados com um Cristo que tentou salvar a todos, mas na realidade não salvou ninguém.



Fonte: Eleitos de Deus – R.C. Sproul - Editora Cultura Cristã 2002

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pragmatismo, sua Influência e a Postura das Escrituras com Relação a essa Corrente Filosófica

                                                            O PRAGMATISMO
Essa foi uma corrente filosófica que nasceu no final do século XIX, nos EUA. Na verdade, esse movimento filosófico pode ser considerado a maior contribuição do pensamento norte-americano a Filosofa Ocidental. Em sua base epistemológica, encontran-se o empirismo inglês do século XVII e o Positivismo do Século XIX.

Muito embora existam cerca de treze concepções diferentes, poderíamos dizer que, para os pragmatistas em geral, a verdade de uma proposição afirma-se pela sua eficácia, ou seja, válidos são os conhecimentos que produzem resultados. Para eles pensamento e ação são inseparáveis. Portanto, são contra toda forma de conhecimento de caráter especulativo. Logo, a Filosofia não ocupava um lugar de destaque para eles também. Vejamos, nas palavras de Willian James, que utilizou inicialmente esse conceito, como ele define:

O pragmatismo (...) desvia-se da abstração; de tudo o que torna o pensamento inadequado. Soluções verbais, más razões a priori, sistemas fechados e firmes; de tudo o que é por assim dizer, um absoluto ou uma pretensa origem, para voltar-se na direção do pensamento concreto e adequado, dos fatos, da solução eficaz (JAMES, Apoud RUSS, 1991, p. 225).

Essa forma de pensar influenciou muito a cultura brasileira ao longo do século XX. Mas, porque isso ocorreu? É notório, para todos nós que houve uma invasão cultural norte-americana não apenas no Brasil, mas em vários países. Como decorrência dessa invasão, o espectro da Filosofia brasileira não passou incólume. Por isso essa forma de pensar acabou atingindo não só as Universidades como também o cotidiano das pessoas e infelizmente, até mesmo muitas igrejas evangélicas embarcaram nessa.

O pragmatismo valoriza aquilo que dá resultado imediato e que vem ao encontro dos seus interesses. Dessa forma, pensar de forma pragmática é ser transigente, sempre que nossos interesses estão em jogo. É agir conforme conveniência, sem reflexão a partir dos valores éticos.

Muito embora o início do pragmatismo tenha surgido como uma concepção epistemológica para justificar determinada concepção de ciência, essa construção teórica passou a orientar as ações dos atores sociais.

Os principais representantes do pragmatismo foram Charles Peirce, Willian James, George Herber Mead e John Dewey.

A Influência do Pragmatismo

Para a sociedade moderna influenciada pelo pragmatismo o que importa é o resultado final e não o processo. Muitas pessoas hoje paralelamente ao tratamento médico tradicional estão também procurando pais de santos, igrejas evangélicas, medicinas alternativas, e outras coisas mais, pois o que importa não é o meio através do qual se obtém o resultado.

Assim também o homem moderno tem lidado consigo mesmo em suas questões emocionais e espirituais. Muitos têm agarrado sem vacilar ao que lhes promete resultados imediatos, seja na forma de um livro que os leve a prosperidade financeira, seja na forma de um curso que os conduza a relacionamentos perfeitos, ou seja, até mesmo na forma de uma palestra “evangélica” que lhes garanta vitória imediata sobre tudo e todos.

O grande problema do pragmatismo na minha opinião e isso falando de forma bem prática, é que as pessoas influenciadas por essa corrente filosófica estão na verdade preocupadas com o resultado, com os fins, os meios não importam, quais os meio serão utilizados para alçarem seus interesses isso é irrelevante, e se for preciso prejudicar alguém, mentir, surrupiar, enganar, pisar, ou qualquer outra coisa mais, semelhantes a essa para conseguir seus objetivos será feito por que o que importa é alcançar o “meu interesse”.

Postura Bíblica

A preocupação com os resultados imediatos do homem de nosso tempo influenciados pelo pragmatismo se mostra em franca oposição à forma como Deus lida com o preparo de seus servos como José, Moisés, Davi, Pedro, Paulo entre outros

Se examinarmos a história destes homens, vamos ver que para Deus o processo é tão importante quanto os resultados. Através das circunstâncias adversas e dos anos, Deus está constantemente escrevendo uma história que o glorifique.

O imediatismo pragmático de nossos dias não consegue conceber um Deus que permite que José fique durante tantos anos numa prisão no Egito.

Mas foram necessárias circunstâncias adversas e o tempo para que tivéssemos uma das histórias bíblicas mais lindas e inspiradoras.

E como ler a história de Paulo pela ótica imediatista e pragmática de nossa sociedade.

Assim sendo, devemos considerar que muitas vezes as dificuldades, as crises as enfermidades fazem parte do propósito de Deus para as nossas vidas, não existindo a necessidade da busca imediatista e pragmática, muito pelo contrário, de uma fé que confia que mesmo quando não entendemos o que está acontecendo, Deus está como o controle de todas as coisas e no tempo certo há de se manifestar como Deus poderoso e grande







sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Influência e o Papel do Conceito de Ideologia Para a Análise das Relações Sociais

 A Influência e o Papel do Conceito de Ideologia Para a Análise das Relações Sociais.


Conceito de Ideologia: Conjunto de idéias e determinações comportamentais, morais, éticas e religiosas que se pretendem existentes “Per se” e que assume caráter “normativo” “generalizado” numa sociedade toda (historicamente). Encontra-se na maioria das vezes “disfarçada” em normas de senso comum ou do (no) imaginário”.
Para Florestam Fernandes, "a idéia fundamental do conceito de ideologia é que indivíduo pensa e age de modo determinado pelo fato de ter certa posição social." (FERNADES, Florestan. Elementos de Sociologia Teórica. Companhia Editora NAcional. pg. 229).


Influência da Ideologia

A ideologia tem influência marcante nos jogos do poder e na manutenção dos privilégios que plasmam a maneira de pensar e de agir dos indivíduos na sociedade. A ideologia seria de tal forma insidiosa que até aqueles em nome de quem ela é exercida não lhe perceberiam o caráter ilusório.

A ideologia ela tem o poder de trazer uma falsa consciência, algo que mostra uma “realidade invertida”, isto é, a ideologia maquia a realidade, fazendo com que as pessoas acreditem em algo que não é real, a ideologia é uma ilusão, um mascaramento da realidade e que faz uso de ferramentas simbólicas voltadas à criação e/ou a manutenção de relações de dominação.

A ideologia tem uma relação extremamente íntima com a alienação que para Marx, faz com que as pessoas não se percebam como “... sujeitos e agentes, os homens se submetem às condições sociais, políticas, culturais, como se elas tivessem vida própria”. Acreditam que a sociedade não foi instituída por eles; não se reconhecem como sujeitos sociais, políticos, históricos, como agentes e criadores da realidade. Exemplo clássico disso é a política. A cada escândalo político, as pessoas reclamam, falam mal, mas não fazem nada de concreto a fim de mudar essa realidade, pelo contrário! A cada eleição votam nas mesmas pessoas em troca de Bolsa Miséria e afins. Por mais que entendam que o problema é sistêmico, ou seja, que é necessário que as regras políticas sejam mudadas, esperam que os corruptos façam isso por eles. Ou seja, nunca vai mudar! Isso se chama “analfabetismo político” (alienação intelectual).

Outro exemplo que poderíamos dar é a do “operário-padrão” que ao receber um prêmio do patrão, avaliza os valores que o mantêm subordinado e que certamente seriam descartados por aqueles que já adquiriram consciência de classe. É assim que a empregada doméstica "boazinha" não discute salário e não implica se trabalha além do horário. Também os missionários que acompanhavam os colonizadores às terras conquistadas certamente não percebiam o caráter ideológico da sua ação ao querer implantar uma religião e uma moral estranhas às do povo dominado. A ideologia gera alienação.

Existe uma dialética entre a ideologia e a alienação, esta dialética, faz com as pessoas se tornem meras mercadorias. Nossos sentimentos, expectativa de vida e todo o resto não são levados em conta, tudo é trabalho! Tudo é dinheiro! Esta é a lógica nesse sistema nefasto que é o capitalismo. Não valemos quanto Seres Pensantes, mas sim, Seres “biológicos” emprestando o corpo à determinada função “o homem não se percebe como coisa e não enxerga os mecanismos de dominação e exploração implícitos no modo de produção capitalista”. (PIRES, Valdir – Fetichismo na Teoria Marxista: Um Comentário). Torna-se basicamente uma máquina, ou melhor, uma mercadoria, Portanto, o fetichismo são relações entres “coisas” (mercadorias) e não entre homens. Nós, dentro desse pensamento, somos meros “produtos”, mercadorias e como tais “possuímos valor de troca”. Na verdade o que percebemos é que a ideologia é um “instrumento” para mascarar a exploração do ser humano em detrimento simplesmente e exclusivamente do lucro, que é a tônica maior do sistema capitalista.

“O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz... O trabalhador torna-se uma mercadoria tanto mais barata, quanto maior número de bens produz. Com a valorização do mundo das coisas, aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo dos homens” (Marx – Manuscritos Econômicos Filósofos).

Papel da Ideologia

O grande papel da ideologia é ser um dos instrumentos da dominação de classe, e uma das formas da luta de classes. A ideologia é um dos meios usados pelos dominantes para exercer a dominação, fazendo com que esta não seja percebida como tal pelos dominados.

Na ideologia faz-se presente a separação entre produção de idéias e momento histórico-social, isto é, a ideologia concebe essa dissociação no afã de explicar o que ocorre à volta. Assim, a história é vista como:

“entidade autônoma que possui seu próprio sentido e caminham por sua própria conta, usando os homens como seus instrumentos” (CHAUÍ, MARILENA DE SOUZA. O Que é Ideologia. São Paulo: Abril Cultural/ Brasiliense, 1984. Pg. 84).

O papel da ideologia é trazer alienação e essa alienação é promovida até os dias atuais pelos que detém o poder político-econômico, os quais tornam a máquina estatal um mero instrumento de realização de seus objetivos. A superestrutura do Estado fica, pois, à mercê dos interesses de uma classe que domina e que explora contingentes humanos.

O interessante é que os meios que a classe dominante se utiliza para se manter no poder são dois: O Estado e a Ideologia. Através do controle do Estado, a classe dominante mantém preservados seus interesses. No Estado, ela utiliza o Direito para legitimar sua dominação, e a Lei, passa a ser direito para o dominante e dever para o dominado. Isso fica fácil demonstrar no Brasil, basta vermos o sistema carcerário brasileiro. Dentre todo o universo de presidiários brasileiros, mais de 95% pertencem às classes sociais “C”, “D” e “E”, ou seja, a classe mais beneficiada economicamente, isto é, a classe dominante, quase nunca é atingida pela legislação penal vigente.

O grande papel da ideologia é mascarar a realidade, ou seja, ela tem a função de trocar o “real” pelo “ideal”. A ideologia faz com que as pessoas não vejam as coisas como verdadeiramente elas são. Ela substitui a realidade de determinada situação pela idéia sobre determinada situação. Isso pode ser visto numa análise do conceito de ESTADO, que pela ideologia passa a ser visto como o conjunto de pessoas que buscam um bem comum (visão idealista), enquanto na verdade o ESTADO nada mais é do que a exploração de uma classe social sobre as demais (visão realista). Esse ocultamento/ mascaramento da realidade é que faz com que as pessoas aceitem tudo isso como legitimo, sem saber que elas estão substituindo a “idéia” de ESTADO pela “realidade” de ESTADO.



DIRLEY DOS SANTOS

SOLUS CRISTUS

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Comentário do Manifesto do Partido comunista


O Manifesto do Partido Comunista


O Manifesto do Partido Comunista foi publicado pela primeira vez há 160 anos, em 21 de Fevereiro de 1848, na Alemanha, escrito por Friedrich Engels e Karl Marx. Este documento expõe o programa e o propósito da então liga comunista, ocupando um lugar de enorme relevo na história do pensamento político, pode ser ainda considerado hoje, a melhor introdução ao estudo do pensamento de Marx.


Provavelmente, o Manifesto Comunista é hoje o texto político mais difundido em todo mundo, mantendo uma atualidade impressionante sobre o desenvolvimento econômico das sociedades e as crises do capitalismo.


Neste texto Marx e Engels fazem uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante séculos, situando a burguesia moderna como nova classe opressora, apesar de deixar claro o seu papel revolucionário quando esta destrói o poder monárquico e religioso. No entanto Marx e Engels criticam a acumulação de riqueza a todo custo e a exploração da classe de trabalho cujo único rendimento próprio é o necessário a sua sobrevivência, sendo todo o resto que produz apropriado pela burguesia.


O conceito de propriedade é também desenvolvido por Marx e Engels, considerando-se a propriedade privada dos meios de produção como condição fundamental da permanência da sociedade capitalista. Marx e Engels destacam também que o comunismo não priva o poder de apropriação dos produtos sociais; apenas elimina o poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação, seria assim, com o desenvolvimento do socialismo a divisão em classes sociais desapareceria e o poder público e o Estado perderiam o seu caráter opressor, sendo instaurada uma sociedade comunista, isto é, todos vivendo em comum, o “mundo perfeito”.


O Manifesto continua realmente sendo um documento fundamental para uma análise pertinente da história, da sociedade e do capitalismo, embora entendamos que a análise que Marx e Engels fizeram da história e do sistema capitalista seja impressionante e que vale a pena estudá-la, não concordamos com a solução dada por eles para uma mudança de sistema. Vejamos:


A estrutura do argumento de Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto poderíamos dizer é relativamente simples, consistindo de forma geral nos seguintes argumentos:


· A sociedade é dividida em classes, que estão em lutas entre si: classe dominante (burguesia) e classe oprimida (proletariado);

  1. Para acabar com a opressão dos proletariados, a solução é acabar com a classe dominante, com a burguesia no caso;
  2. Em um primeiro momento, o proletariado se une ao Estado para compor uma “classe dominante”, só para expropriar e acabar com a burguesia.
  3. Isto se fará de forma autoritária e/ ou violenta

    Analisemos alguns Pontos
  4. Em um segundo momento, não há mais classe dominante, ou melhor, dizendo, o Estado passa a ser a única classe dominante, controladora dos bens e dos modos de produção


Ao analisarmos alguns trechos do Manifesto é possível tirar algumas conclusões:


· Primeiro é que a “justiça social” do ponto de vista do comunismo, nada mais é que uma violenta reversão da relação de poder, a conjunção proletariado + Estado passa a ser a nova classe dominante, mas para fins estratégicos: para tirar da burguesia e dar a o Estado sendo que o processo prima pela violência no melhor estilo – “Os fins justificam os meios”. Leiamos o trecho do Manifesto:

“O proletariado utilizará sua supremacia política para arrancar pouco a pouco todo o capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção na mão do Estado, isto é, do proletariado organizado em classe dominante e para aumentar, o mais rapidamente possível o total das forças produtivas. Isto naturalmente só poderá realizar-se em princípio, por uma violação despótica do direito de propriedade e das relações de produção burguesas (...)”

Mas adiante, vejamos como fica claro que num segundo momento, o proletariado perde seu status de classe dominante, e o Estado passa a ser o senhor absoluto de tudo. Leiamos o trecho do Manifesto:

“Uma vez desaparecido os antagonismo de classes no curso de desenvolvimento e sendo concentrada toda a produção propriamente falando nas mãos dos indivíduos associados, o poder político é o poder organizado de uma classe para a opressão de outra. Se o proletariado, em sua luta contra a burguesia, se constitui forçosamente em classe; se converte-se, por uma revolução, em classe dominante e, como classe dominante, destrói violentamente as antigas relações de produção, destrói juntamente com essas relações de produção, as condições dos antagonismos entre classes e as classes em geral e, com isso, sua própria dominação como classe.”

O resultado: ex-burgueses empobrecidos e uma fé absurda em que “o aumento das forças produtivas” nas mãos do Estado produza talvez por magia um enriquecimento igualitário da população sob um governo comunista. Pergunta: Em que país houve esse enriquecimento? Resposta: Nenhum. O que nós podemos ver nos países onde o comunismo foi implantado, foi o empobrecimento geral do povo e o enriquecimento do Estado – além do aumento do despotismo e do autoritarismo e a destituição total da democracia, alias no regime comunista democracia é algo que nunca existiu e jamais existirá. Vejamos mais um trecho do Manifesto: “medidas do comunismo para acabar com a classe burguesa”. Vejamos se realmente todas as medidas são justas:

1. Expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda em proveito do Estado
2. Imposto fortemente progressivo
3. Abolição do direito de herança
4. Confiscação da propriedade de todos os emigrados e sediciosos
5. Centralização do crédito nas mãos do Estado por meio de um banco nacional com capital do estado e com o monopólio exclusivo.
6.

Centralização nas mãos do estado, de todos os meios de transportes
7. Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao estado, arroteamento das terras incultas e melhoramento das terras cultivadas, segundo um plano geral;
8. Trabalho obrigatório para todos, organização de exércitos industriais, particularmente para a agricultura;
9. Combinação do trabalho agrícola e industrial, medidas tendentes a fazer desaparecer gradualmente a distinção entre a cidade e o campo;
10.Educação pública e gratuita de todas as crianças, abolição do trabalho das crianças nas fábricas, tal como é praticado hoje. Combinação da educação com a produção material etc.
Em lugar de uma antiga classe burguesa, com suas classes e antagonismos de classes, surge uma associação onde o livre desenvolvimento de cada um é a condição do livre desenvolvimento de todos.

Eu diria: em lugar da antiga sociedade burguesa, com classes e antagonismos de classes, surge um Estado super poderoso que sufoca os indivíduos e se perpetua no poder através da ideologia (pois teme sempre que o povo possa se revoltar a ponto de derrubá-lo, assim como foi derrubada a burguesia), mantendo a todos em uma magnífica pobreza igualitária e mental. Nós não precisamos falar muito basta olharmos para os países cujo domínio é comunista como, por exemplo, Cuba.


Concluindo e resumindo tudo em poucas palavras, comunismo é tirar dos mais ricos para dar ao Estado, reduzir a população inteira à pobreza, concentrar todo poder e a riqueza no Estado tudo para o estado, nada para o povo. Diria que o Estado é o deus do Comunismo, poderíamos até chamar o comunismo de “Estadismo (ismo = adoração) – adoração ao Estado.”


DIRLEY DOS SANTOS

SOLA GRACIA

O Desenvolvimento Histórico da Doutrina da Trindade





Introdução







A doutrina da Trindade é essencial ao cristianismo; ela descreve os relacionamentos existentes entre os três membros da Divindade de um modo consciente com as Escrituras.
É fundamental nessa doutrina a questão de como Deus pode ser ao mesmo tempo um e três. Os primeiros cristãos não queria perder o seu monoteísmo judaico enquanto exaltavam o seu Salvador. Surgiram heresias quando as pessoas procuraram explicar o Deus cristão sem se tornarem triteísta (como judeus rapidamente os acusaram de ser). Os cristãos argumentaram que o monoteísmo judaico do Antigo Testamento não excluia a Trindade.
O climax da formulação trinitária ocorreu no Concílio de Constatinopla, em 381 d.C. Devemos a esse concílio a expressão do conceito ortodoxo da trindade. Todavia, para apreciarmos o que disse o concílio é útil acompanharmos o desenvolvimento histórico da doutrina. Isso não significa que a igreja ou qualquer concílio tenha inventado a doutrina. Antes, foi para responder às heresias que a igreja explicou o que a Escritura já pressupunha.


A IGREJA PRÉ-NICÊNICA: 33-325 d.C.


Os Apóstolos 33-100 d.C.
O ensino apostólico claramente aceitou a plena divindade de Jesus, e aceitou e adotoua fómula batismal trinitária.


Os Pais Apostólicos 100-150 d.C.
Os escritos dos Pais Apostólicos eram caracterizados por uma paixão acerca de Cristo (Cristo provém de Deus; ele é pré-existente) e por ambiguidade teológica acerca da Trindade.


Os Apologistas e os Polemistas 150-325 d.C.
As crescentes perseguições e heresias forçaram os escritores a declararem de maneira mais precisa e defenderem o ensino bíblico acerca do Pai, do Filho e do Espíriro Santo.

  • Justino Mártir: Cristo é distinto do Pai em sua função


  • Atenágoras: Cristo não teve princípio


  • Teófilo: O Espírito Santo é distinto do Logos.


  • Orígenes: O Espírito Santo é co-eterno com o Pai e o Filho.


  • Tertuliano: Falou em "Trindade" e "Pessoas" - três em número, mas um em substância.

O CONCÍLIO DE NICÉIA: 325 d.C.
Por causa da difusão da heresia ariana, que negava a divindade de Cristo, a unidade e até mesmo o futuro do Império Romano pareciam incertos. Constantino, recentemente convertido, reuniu um concílio ecumênico em Nicéia para resolver a questão.

A questão: Cristo era plenamente Deus, ou um ser criado e subordinado?
  • Ário

  • Somente Deus Pai é eterno


  • O Filho teve um princípio como o primeiro e mais importante ser criado.


  • O Filho não é um em essência com o Pai.


  • Cristo é subordinado ao Pai


  • Ele é chamado como um título honorífico.

Atanásio

  • Cristo é co-eterno com o Pai.


  • Cristo não teve princípio.


  • O Filho e o Pai têm a mesma essência.


  • Cristo não é subordinado ao Pai.


DECLARAÇÕES FUNDAMENTAIS DO CREDO DO CONCÍLIO
(Nós cremos) "em um Senhor Jesus Cristo... verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, não feito de uma só substância com o Pai."
"Mas aqueles que dizem que houve um tempo em que Ele não esistia, e que antes de ser gerado Ele não era... a estes a Igreja Católica anatematiza."
"E cremos no Espírito Santo"
RESULTADO DO CONCÍLIO

  • O Arianismo foi formalmente condenado


  • A declaração Homoousia (mesma substância) criou conflitos.


  • Os arianos reinterpretam homoousia e acusaram o concílio de monarquianismo modalista.


  • A Doutrina do Espírito Santo ficou sem ser elaborada.



CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA

  • O arianismo não foi extinto em Nicéia; na realidade, ele cresceu em importância. Além disso, surgiu o macedonianismo, que subordinava o Espírito Santo essencialmente da mesma maneira que o arianismo havia subordinado Cristo.
    A questão: o Espírito Santo é plenamente Deus?

DECLARAÇÃO FUNDAMENTAL DO CREDO DO CONCÍLIO


"...E no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai, que é adorado e glorificado juntamente com o Pai e o Filho."


RESULTADOS DO CONCÍLIO

  • O Arianismo foi rejeitado e o Credo Niceno reafirmado.


  • O macedonianismo foi condenado e a divindade do Espírito Santo afirmada.


  • Foram resolvidos grandes conflitos acerca do trinitarianismo (embora os debates cristológicos tenham continuado até a Calcedônia, em 451 d.C.


DIRLEY DOS SANTOS

SOLI DEO GLORY








sábado, 10 de outubro de 2009

A Dialética Idealista e Materialista de Hegel e Marx


Breve histórico
O termo dialética confunde-se com a História da Filosofia e, como tal, tem sua origem na Grécia antiga.
As notícias mais remotas da ultilização da dialética são do Séc. VI a.C. quando Heráclito de Éfeso explicou que tudo está em movimento "nunca nos banhamos no mesmo rio duas vezes, porque o rio não será mais o mesmo e nós também não seremos mais os mesmos". Quando falamos em dialética temos que pensar em Heráclito.
Foi o grande pensador grego que disse que tudo está em movimento.

Referêncial com a nossa visão de mundo.

Primeiramente, quando é que temos uma visão dialética?


  • Quando eu tenho a idéia de que eu sou um ser em tranformação e de que tudo está em movimento.
  • Ter a concepção dialética no primeiro instante, é ter a concepção de que tudo está em movimento de que tudo está em tranformação.

A Dialética no Decorrer da História

Em Sócrates> Maêutica - Mundo dialético > Movimento> Imbricações entre os seres

  • Sócrates e seus discípulos em seu diálogos exemplo de dialética.

Em Platão > Se valeu da Dialética > conhecimento doxiano para chegar ao conhecimento científico, a sabedoria

Período Medieval >Dialética na Idade Média > confrontamento de Idéias X vontade reveladas pela teologia.

Kant > Usa a dialética para falar da sua dialética transcedental

  • Dialética de Kant > Dialética transcedenal > Conhecimento Sintético > conhecimento Analítico

Dialética Idealista

O que consistiu o pensamento idealista Hegeliano?

  • Para Hegel as idéias que poem o mundo em movimento. Primeiro existem as idéias, a medida que essas idéias se exteriorizam, começa acontecer o movimento da própria realidade
  • No sentido filosófico de Hegel de idealismo, são as idéias em última instância que poem o mundo em movimento

Dialética idealista (Hegel)

Foi Hegel que o elaborou o movimento triádico.

O que é movimento triádico?

TESE - ANTÍTESE SÍNTESE

Tese > Idéia/ Antitese > Natureza/ Síntese > Espírito

.Para Hegel - " O ser é a idéia que se exterioriza, manifestando-se nas obras que produz"
  • Para Hegel são as Idéias que poem o mundo em movimento

A DIALÉTICA MATERIALISTA DE KARL MARX

Para Marx (1819 - 1883) as coisas acontecem de forma exatamente oposta

Marx dizia que Hegel tinha percebido muito bem como as coisas ocorriam, sendo que Hegel estava vendo o homem de cabeça para baixo. Então ele usa a idéia de Hegel, e segundo ele, coloca o homem de cabeça para cima.

A partir de então nasce a concepção de Materialismo Histórico Dialético.

Para Marx o dado primeiro é o mundo material. A contradição surge entre homens reais em condições histórico sociais e reais.

A gênesis está no mundo material, as idéias que os homens tem são produtos do momento histórico em que ele vive.

Para Marx, as idéias que temos são produto do contexto histórico em que vivemos, por isso Marx se diferenciava de Hegel, isto é, as transformações das coisas não acontecem a partir das idéias, mas sim das condições materiais reais.

Marx usa o esquema triádico de hegel, sendo que de modo invertido.
  • Tese: Tudo aquilo que esta posto, que se afirma em determinado momento
  • Antítese: Seria a atitude em oposição
  • Síntese: Seria aquilo que surgiu das contradições da tese e da antítese, que leva elementos da tese e elementos da antítese. A síntese a partir de então se tornará numa nova tese que terá uma antítese e que gerará uma nova síntese, assim funciona a dialética.

As 3 leis da Dialética Marxista

Marx na primeira metade do séc. XIX encontra-se com aquele que seria seu grande amigo Friederish Engels. Engels elaborou as 3 Leis da Dialética.

1º Lei da passagem da quantidade à qualidade
  • Isto ocorre por saltos - o movimento de ruptura da velha qualidade´para a nova qualidade seria esse salto.
  • Quantidade é evolutiva. - Quanlidade é revolucionária.

Vale a pena estabelecer aqui o conceito de revolução para Marx. Muita das vezes se imagina que revolução tem haver com derramamento de sangue, de imenso conflito, mas revolução no conceito de Marx quer dizer que o homem pode mudar drasticamente as condições materiais em que ele vive, por isso o movimento dialético é representado por um movimento espiral e não contínuo, numa evolução.

2º Lei da interpretação dos contrários
  • Em que consiste esta interpretação?
  • Não se pode compreender um fenômeno, sem conhecer aqueles que estão a ele imbricados, não se pode conhecer um fenômeno isoladamente.

3º Lei da negação da negação

A negação da negação seria a síntese, o surgimento do novo, isto porque você nega aspectos negativos da tese e traz aspectos positivos da antítese.

O materialismo Histórico e Dialético, nada mais é do que a aplicação do materialismo Dialético no campo da História.

DIRLEY DOS SANTOS

SOLI DEO GLORY

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Capitalismo (parte 5) Karl Marx



KARL MARX - Filósofo Alemão - Economista - Sociólogo - Historiador.



  • Viveu - 1818 - 1883;





  • Boa parte de seu trabalho foi feito com seu amigo Friederish Engels;


  • Estes fizeram de sua produção intelectual uma luta social, não só encontramos uma riqueza intelectual em suas obras mais também podemos ver um projeto político, conhecido como socialismo científico ou comunismo;


  • Produziu várias obras sendo a mais importante - O Capital;


  • Marx foi sustentado por engels, este que era filho de um burguês;


  • Influenciaram regimes - Exemplo - URSS. Bloco Soviético, tudo no séc XX;


  • O socialismo científico de Marx é um socialismo mais enganjado, se diferencia de outros socialismos que ele chama de socialismos utópicos;


  • Marx faz uma análise profunda do Capitalismo;


  • Marx e Engels são produtos de 3 pensamentos (intelectualmente falando)


  1. O Socialismo Utópico;


  2. A Economia Política Inglesa, característica do século XVIII e que nos é colocada por Adam Smith e David Ricardo;


  3. Filosofia de Homens como Feuerbach - Proudon e principalmente Hegel, que vai ser o idealizador da dialética moderna.


MATERIALISMO HISTÓRICO

  • Para que serve o Materialismo Histórico, esse conceito criado por Marx e Engels para análise da História do Capitalismo?


  1. Nada mais é que o olhar de Marx e Engels para a própria História e esse olhar carrega dentro dele a visão dialética do mundo, visão esta que é dada a Marx e Engels por um filósofo anterior a eles - Hegel sendo que Marx a faz de modo invertido;


  2. Materialismo Histórico é um olhar para a história para todos os fenômenos históricos com um olhar Dialético;


  3. Os fenômenos da História são Dialéticos.


  • Como funciona isso na prática na visão de Marx e Engels?


  1. Ao longo de toda história humana nós temos algumas características, alguns fenômenos que são comuns, por exemplo, os conceitos que Marx e Engels colocaram - forças produtivas - modos de produção - relações de produção e meios de produção;


  2. Tudo isso tem base na lógica materialista de que o homem tem que atuar na natureza transformando-a para o seu benefício e quando homem transforma a natureza numa ação econômica, ele transforma -se a si mesmo, logo surge um relação fundamental para Marx e Engels;


  • A ação econômica, Infraestrutura age transformando o homem na maneira de pensar.



A infraestrutura e suas transformações transformam as questões ideológicas humanas - os homens vão pensar a partir de determinada questões econômicas.

 
 
DIRLEY DOS SANTOS
 
SOLA FIDE

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Capitalismo - O seu Espírito - Max Weber ((Parte4)


Principal Obra de Max Weber (PArte 4)

"A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo"

Como se consolidou o Capitalismo Moderno Baseado na Ética Protestante, Segundo Weber?"

Segundo Max weber a ética protestante que formentou e consolidou o capitalismo moderno, não foi o Luteranismo, mas sim o calvinismo - Luteranismo para Max Weber, não se diferenciou muito do catolicismo, que atravancou o capitalismo, mas é no calvinismo onde Weber está baseado.

Como uma visão religiosa por produzir o seu contrário - Como o mundo regido por ascetismo religioso vai consolidar um mundo contrário a esta ordem, um mundo secular? Weber vai responder essa pergunta.

Weber discute - como uma questão permanente religiosa vai produzir temas materiais - seculares?

Características básicas do Calvinismo segundo Weber:



  • valorização do trabalho do homem

  • gastos impróprios, com coisas supérfluas.

Silogismo de Weber com relação à ética Calvinista:


  • Riqueza é fruto do trabalho, se o trabalho é algo divino, logo, aquele homem que após anos de trabalho e que também não gastou o seu dinheiro com coisas supéfluas, com coisas frívolas (isso favoreceu a multiplicação do capital) e este homem enriqueceu, ele é um homem predestinado - e aí surge a doutrina da predestinação segundo Weber, presdestinação que segundo a interpretação de Weber quer dizer que a riqueza material do homem indica que ele é bem-aventurado por Deus, exatamente porque o trabalho é sagrado e o fruto do trabalho é o dinheiro que vai ser também sagrado, porque foi ganho com algo sagrado e que não deve ser gasto em coisas frívolas, fúteis, lógica essa que não é encontrada no catolicismo.

  • A lógica católica é a da desvalorização do trabalho e o dinheiro é visto como coisa errada e imperfeita, Exemplo Adão e Eva;

  • O trabalho é um castigo por causa do pecado, logo o dinheiro é uma maldição, algo menor, exemplo disso é que durante muitos séculos a atividade comercial foi vista como uma coisa menor e isto desde a antiguidade, e foi praticada por judeus e não por cristãos, um dos fatores pelos quais os judeus foram marginalizados e tão perseguidos na idade média, mas isto vai se inverter com o ascetismo religioso protestante calvinista, que valoriza o trabalho, colocando o seguinte: não gaste o seu dinehiro atoa, pois é ganho com algo sagrado que é o trabalho - favorecendo o acumulo de capital - a racionalidade aplicada ao trabalho e esse trabalho valorizado favoreceu a acumulação de capital, Exemplo maior é a sociedade norte americana que é a maior potência capitalista até os dias atuais e em sua maioria é protestante de origem puritana (calvinistas Ingleses)

Capitalismo - A Racionalidade Segundo Max Weber

A Racionalidade Segundo Max Weber (Parte 3)

Conceito de Racionalidade Ocidental.

Racionalidade nos lembra razão e razão é justamente a capacidade de entendimento das coisas - para Weber, entretanto, racionalidade vai além da compreenção das coisas, é mais do que uma maneira de você ver as coisas, é uma visão de mundo.

O mundo Ocidental tem uma peculiaridade, na sua visão de mundo, a racionalidade se diferencia dos orientais. Para Weber a racionalidade Ocidental, motivou a fundamentação da ordem capitalista de alguma forma.

Mais que visão de mundo é essa, que nos diferencia e que formatou a ordem capitalista?

A racionalidade Ocidental vista por Max Weber tem como característica básica a Dominação do Mundo.

Como isso Funciona?

Ela pode ser entendida sob 3 perspectivas do indivíduo, o indivíduo pode ser entendido sobre 3 perspectiva:
  • Perspectiva Interna. Eu comigo mesmo
  • Perspectiva Externa. Eu com aquele, ou aquilo
  • Perspectiva Social. Eu com os outros

Como Esta Racionalidade Funciona?

  • Externa. Entende que a natureza deve nos servir, devemos atuar sobre ela para as satisfazer as nossas necessidades. O outro é um competidor, um adversário.
  • Interna. Mostra o "Eu" em busca de algo e este algo é o lucro.

Racionalidade Ocidental.

Ela tem uma lógica, não de fugir, de se esconder, mas de dominar a natureza sempre.

  • Dominar a natureza no âmbito externo;
  • Competir com o outro no âmbito social
  • Buscar o lucro, trabalhar em termos de meios e fins na subjetividade no âmbito do Eu.

Estes elementos são fundamentais em termos de construção e da cosmovisão do capitalismo e de idéias em termos culturais.

Capitalismo na Visão de Max Weber

Capitalismo - Na visão de Max Weber (Parte 2).
  • Foi um dos maiores pensadores que as ciências humanas e sociais já teve
  • Viveu de 1864 a 1920 - alemanha
  • Sociólogo, economista, historiador
  • Relacionado a criação das ciências sociais junto com Emilie Durkheim
  • Sua esposa era historiadora
  • Ao analizar a sociedade fez uma leitura do capitalismo
  • Fez a primeira e importante releitura de Karl Marx e fez esta análise das obras de Karl Marx exatamente porque este foi um grande estudioso do capitalismo.
  • Segundo Weber o capitalismo se apresenta em diversas épocas da história e é exatemente aí que vai se contrapor a Karl Marx.

Karla Marx vai dizer que o capitalismo acontece somente num período, Weber, ao contrário vai dizer que o capitalismo moderno é aquele que realmente funciona a todo vapor, as outras formas, são formas primitivas de capitalismo e esse capitalismo moderno teve origem no processo de industrialização do século XVIII.


Segundo Weber o capitalismo teve manifestações em várias épocas históricas, como por exemplo na antiguidade - Na Roma Antiga - vê o Estado romano como uma empresa capitalista, porque todas as atividades econômicas passavam pela ação do Estado Romano.


O Estado Romano, organiza a produçao, ele não é só uma entidade poilítica, mas também uma entidade econômica e o Estado romano faz isso de uma maneira racional e racionalidade para Weber é uma palavra fundamental para a compreenção do capitalismo.


Para Weber as diversas fases do capitalismo, anterior ao século XIX, são fases iniciais, para Weber o capitalismo puro, real, é o capitalismo moderno, da segunda metade do século XIX.


Quais são os elementos para se dizer que realmente uma sociedade é capitalista, segundo Weber? Podemos ter essa resposta quando analisamos a sua obra "A gênesis do capitalismo moderno" vejamos:


1. Propriedade Privada


A Apropriação de todos os meios materiais de produção: terra, aparelho, máquinas e ferramentas, tem que haver propriedade;


2. Liberdade de Mercado

  • Se fazer comércio sem restrições


3. Técnica Racional

  • Você calcular as coisas, prever as coisas, racionalizar toda a produção

4. Direito Racional

  • Tem que haver instituições jurídicas, funcionando de maneira racional para que as coisas possam acontecer;

5. Trabalho Livre

  • Trabalho assalariado e obviamente uma massa de trabalahadores que estejam dispostos a venderem sua força de trabalho

6. Comercialização da Economia

  • Formar uma espécie de sistema financeiro, ex. colocar títulos numa bolsa valores.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Uma visão Panorâmica sobre o Capitalismo (Parte1)

Capitalismo o que significa?
É o que queremos de forma breve comentar nesta nova postagem. Capitalismo deriva-se de uma palavra que é simples e fácil de reconhecer, Capital.
Capital é dinheiro acumulado, não no sentido de entesouramento, mas é a multiplicação continuada, gerando uma coisa que é essencial no capitalismo, "lucro".
Capitalismo é quando sistematicamente, estruturalmente, toda a sociedade é regrada por essa máxima que é a busca incessante da multiplicação do capital, ganhar sempre mais, dinheiro multiplicado é lucro. Em suma, essencialmente, capitalismo é um sistema econômico, social - é uma forma da sociedade se organizar, é uma estrutura, no sentido marxista da palavra, que vai organizar toda a vida de uma sociedade e no seio dela está a busca incessante pela multiplicação do capital - dinheiro produzindo dinheiro que é o lucro , que é a base de todo o sistema capitalista.
Manifestações do Capitalismo:
  • consumo
  • consumismo
  • industrialização
  • globalização
  • salário, assalariado
  • merccado global
  • emprego
  • trabalho assalariado
  • mercado
  • sistema financeiro.

Tudo isso são engrenagens de uma sociedade que tem por objetivo a busca pela multiplicação do capital.

Capitalismo é sempre ter mais e mais, essa é a máxima do capitalismo.

  • será que todos tem esse algo mais?
  • quantos conseguem lucrar com esse sistema?
  • tem alguém que nesta sociedade que perde com esse sistema?
  • existe alternativa para esse sistema?
  • quantos são prejudicados com esse sistema?
  • como esse sistema foi construído?

Essas são perguntas para nossa reflexão.

Capitalismo: Sistema econõmico social- uma estrutura que tem como fundamento a busca pelo lucro.

O lucro = dinheiro e riqueza em movimento, gerando mais dinheiro e mais riqueza = capital.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Homem a Medida de Todas as Coisas - Protágoras

"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, e das coisas que não são, enquanto não são" - Protágoras

Esse pensamento tem a seguinte conotação segundo Protágoras: O homem é o próprio produtor da sua história, ele é a medida das coisas já existentes, aquilo que nós somos até o presente, é o resultado da nossa própria ação, ou da nossa própria visão de mundo, ou do modo como nós pensamos, como nós dizemos, como nós agimos, mas segundo Pitágoras, nós também somos a medida , daquelas coisas que ainda não são, ou que não existem, por exemplo se eu tenho a idéia de construir uma casa, eu desejo a casa própria, ela ainda não é, ela é um não ser, no sentido filosófico, mas a partir do momento em que eu construo esse projeto e vou tentando para a sua materialização, essa casa vai começando a ser tornar realidade...dando a clara impressão de que nós somos os produtores da nossa história.

O Apogeu da Filosofia Grega - Período Socrático ou Antropológico

O Apogeu da Filosofia Grega, período que compreende o sec. V na Grécia - foi marcado por uma série de acontecimentos que contribuíram para fazer com que esse período marcasse toda a história Ocidental - O conceito de democracia tem sua origem nessa época.
A Filosofia muda seu eixo de investigações, com os sofistas e com Sócrates e se torna para o homem em si, começa-se a se refletir sobre o mundo e a cultura.
Alguns Aspectos Relacionados a Vida de Sócrates
  • Nasceu em Atenas - 469 a.C.
  • Morreu em 399 a.C. - em virtude de condenação por impiedade (Foi acusado de corromper os Jovens)
  • Era filho de Escultor e uma parteira
  • Não fundou uma escola como os outros Filósofos;
  • Embora ele seja um dos pensadores gregos mais conhecidos, nunca escreveu nada
  • O que se sabe de sua vida, chegou a nós por Platão e Xenofontes - seus discípulos mais Ilustres
Algumas Idéias de Sócrates que marcaram a Formação da Nossa Moral Ocidental.
  1. A Honestidade - A verdadeira força vem de não mentirmos, mesmo que sejamos prejudicados se contarmos a verdade.
  2. O homem deve preucupar-se com aquilo que é mais sagrado para si, qual seja : O conhecimento de si mesmo. Daí a sua máxima: Gnothi Seanton - "Conhece-te a ti mesmo".
  • Conhecer-se a si mesmo é um aprofundamento da condição humana.
Para sócrates a causa do mal é a ignorância, se conhecessemos o bem não praticaríamos o mal, por esta razão o conhecimento de si mesmo é condição suficiente e necessária para obtenção da Areté.
  • Areté: "Significa aquilo que torna uma coisa boa e perfeita naquilo que é, ou melhor ainda, significa aquela atividade, ou modo de ser que aperfeiçoa cada coisa, fazendo-a ser aquilo que deve ser".
3. Outra idéia relevante que encontramos no pensamento Socrático é a noção de humildade.
  • Sua máxima tão conhecida entre nós - "Sei que nada Sei"
3.1. Método de Sócrates
  • Em sua Etmologia o conceito de ironia tem o conceito bem diferente desse utilizado em nosso cotidiano. O conceito de ironia em nosso cotidiano tem sentido "de estar fazendo pouco caso", contudo em sua origem ironia significa "a arte de interrogar" quando Sócrates utilizava este recurso, queria mostrar que seus interlocutores ignorava aquilo que julgava conhecer, com este método Socrates tentava mostrar a ignorância de seus antagonistas com relação a tal assunto.
4. Outro fato que Sócrates mostra é que a Filosofia não é conhecimento fechado, quando interpelava os transeuntes que passavam pelas praças e discutia os temas do cotidiano com essas pessoas - liberdade - amor - amizade - verdade etc.