quinta-feira, 8 de março de 2012

REFLETINDO SOBRE A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE


Refletindo Sobre a Teologia da prosperidade 

O problema é que não consigo aceitar os pastores de várias igrejas que na maior parte dos seus cultos se preocupam em ficar pedindo dinheiro de várias formas. Se fosse apenas o dízimo... Mas não é apenas isso. Ficam tentando vender produtos e águas, fazem rituais que promete nos fazer vencer e virar grandes empresários, só falam em carros e casas e viagens”. Recebemos mensagens desse tipo com muita freqüência. Em evidente contraste, o Mestre Jesus declarou a Seus discípulos: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O apóstolo Pedro disse ao homem coxo de nascença: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3.6). Sem dúvida isso era válido para todos os apóstolos, conhecidamente pobres em bens materiais. Mas dos falsos mestres a Bíblia nos diz o contrário: “...homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Tm 6.5). DIETER Chama a atenção que se espera que os anciãos e diáconos sejam “não avarentos”, “não cobiçosos de sórdida ganância” (1 Tm 3.3,8). O mesmo se esperava do bispo da ilha de Creta: que ele não fosse STEIGER “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). O apóstolo Pedro escreveu aos anciãos: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não... por sórdida ganância” (1 Pe 5.2). Estamos bem conscientes de que o amor ao dinheiro, o desejo de lucro e o anseio por bens materiais que se alastra dentro do cristianismo de hoje pode se apossar de nós também. Ter dinheiro não é pecado, mas ai de nós quando o dinheiro nos comanda, quando ele domina nosso pensar e nosso agir. O apóstolo alerta: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição” (1 Tm 6.9). A Bíblia nos fornece três exemplos assustadores de pessoas que foram tomadas pela ganância: Acã, que na tomada de Jericó escondeu em sua tenda despojos que, segundo ordens bem claras de Deus através de Josué, deveriam ser destruídos. Esse pecado único causou uma terrível derrota ao povo de Israel diante de Ai, pois o Senhor não podia mais estar com eles. Acã confessou: “Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e... vi entre os despojos uma capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os...” (Js 7.20-21). Ele foi apedrejado. Balaão, o profeta gentio a quem o rei moabita Balaque fez uma proposta tentadora e vantajosa se amaldiçoasse Israel. O Novo Testamento usa-o como exemplo negativo, falando de homens que “abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pe 2.15). Os corações cheios de cobiça daqueles que prestam serviços religiosos visando o lucro pessoal são “movidos de ganância” e “se precipitaram no erro de Balaão” (Jd 11). Balaão era um profeta mercenário e símbolo do dolo e da cobiça, segundo a Bíblia Anotada Expandida. Mais tarde ele foi morto pelos soldados de Josué. Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele correu atrás de Naamã, que havia sido curado da lepra, e mentiu, pedindo “um talento de prata e duas vestes festivais” (2 Rs 5.23). Pelo visto, ele não queria deixar passar essa grande chance de, como servo do grande profeta, finalmente conseguir algum lucro. O profeta o repreendeu, dizendo: “...Era ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?” (2 Rs 5.26). Geazi foi castigado com a lepra de Naamã pelo resto de sua vida. A Palavra diz que não tem herança no reino de Cristo e de Deus “nenhum... avarento, que é idólatra” (Ef 5.5). “Uma pessoa avarenta é idólatra, pois coloca as coisas antes de Deus” (ABA). O Senhor Jesus diz na parábola do semeador: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação da riqueza ofuscam a palavra, e fica infrutífera” (Mt 13.22). É hora de vigiar e orar para que o amor ao dinheiro e por tudo aquilo que o dinheiro pode comprar não encontre lugar em nossos corações. Como antídoto, peçamos com mais fervor que o Senhor abra nossos olhos espirituais para os valores eternos, orando sempre: “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça (Sl 119.36).