domingo, 20 de dezembro de 2009

ETNOCENTRISMO

                                       ETNOCENTRISMO

Etnocentrismo, É uma visão do mundo onde o “nosso grupo” é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos próprios valores e nossas definições do que é existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. O etnocentrismo é a procura de sabermos os mecanismos, as formas, os caminhos e as razões pelos quais tantas e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções, pensamentos, imagens e representações que fazemos da vida daqueles que são diferentes de nós. De um lado, conhecemos um grupo do “eu”, o “nosso” grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, ou seja, um reflexo de nós. Depois, então, nos deparamos com um grupo diferente, o grupo do “outro”, que às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este “outro” também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e ainda que diferente, também existe.


O etnocentrismo é uma cosmovisão que com certeza não se aplica somente ao modelo civilizatório europeu, nem na realidade é uma visão de mundo específica, relacionada a diferenças culturais de uma sociedade para outra, O etnocentrismo é de fato, um fenômeno universal e que acontece nas questões mais corriqueiras da vida, como por exemplo no campo religioso, no campo das classes sociais, na questão das raças, na maneira de vestir, nas diferenças sexuais, etária, e em grupos diferentes etc. O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de qualquer sociedade, ou meio de convívio. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplos.

A postura etnocêntrica é um dos primeiros entraves ou uma das primeiras dificuldades para que as pessoas se associem, formando grupos. Além disso, e em seguida, após o grupo formado, podemos observar a dificuldade dos diferentes grupos se relacionarem. Da mesma forma que o indivíduo sente dificuldade em aceitar a verdade do outro, na relação entre os grupos isso também ocorre: A verdade de um grupo, em confronto com a verdade do outro produz os choques e os atritos tão presentes nas manifestações dos grupos de jovens, nas gangs, nas patotas juvenis. Podemos, inclusive, dizer que as brigas e confrontos entre traficantes, tão noticiados pela grande imprensa, além de todas as caracterizações sociológicas, políticas e sociais que possam ser feitas, também podem ser vistas como manifestação etnocêntrica.

DIRLEY DOS SANTOS

SOLI DEO GLORY

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